A jornalista Janaína Reis convive com a sinusite desde a infância. Hoje, com 23 anos, já perdeu a conta de quantos tratamentos já fez. A sinusite crônica, associada à rinite por motivos alérgicos, é sua companheira. “A médica me orientou a lavar sempre o nariz com soro e é o que tento fazer para evitar novas crises, mas quando elas chegam, não tem jeito, tenho que entrar nas medicações orais e nasais”, desabafa a jornalista.
Mas, o que é a sinusite? É uma inflamação da mucosa dos seios da face, região formada por cavidades ósseas ao redor do nariz, maçãs do rosto e olhos. Existem dois tipos de sinusite: aguda e crônica. Ela ainda pode ser viral ou bacteriana.
A viral é chamada de resfriado ou gripe, dependendo do tipo de vírus que acomete e dos sintomas associados. É o resfriado ou gripe que todos já tiveram um dia na vida. Já a bacteriana, geralmente, acontece como uma complicação da sinusite viral, que acaba obstruindo os ofícios de drenagem dos seios paranasais. A secreção se acumula e acontece uma infecção bacteriana aguda. Esta é a sinusite mais clássica, tratada com antibióticos, e a pessoa não fica com ela para sempre.
Existe a sinusite crônica que, ao contrário do que muitos pensam, não é uma sinusite aguda que dura mais tempo ou que não foi bem tratada. É uma doença inflamatória de causa ainda não totalmente esclarecida. Para que se constate que se trata de uma versão crônica da doença, é preciso observar algumas características, como a obstrução nasal ou secreção associada à pressão ou dor facial; redução ou perda do olfato; alterações tomográficas ou evidenciadas por exames e duração maior do que 12 semanas. Qualquer um destes sintomas associados à obstrução nasal ou secreção excessiva já se caracteriza como um caso de sinusite crônica. Esta forma da doença tem que ser controlada com medicamentos nasais e orais e, em alguns casos, cirurgia. Pode, também, acontecer concomitantemente com pólipos e, nestes casos, geralmente, também é necessária a cirurgia para remoção.
O diagnóstico e tratamento devem ser feitos pelo médico especialista, o otorrinolaringologista. É preciso atenção aos sintomas e procurar ajuda o quanto antes, já que, apesar de raras, a sinusite pode apresentar algumas complicações graves como abcessos, infecção óssea, meningite, entre outras.
