Muito comuns cerca de 40 anos atrás, a quantidade destas cirurgias foi diminuindo com o passar do tempo e, algumas vezes, vistas com desconfiança pelos pais, que sempre querem evitar que os filhos passem por qualquer tipo de procedimento. Por isso, é importante que os pacientes e pais de pacientes sejam orientados adequadamente sobre quando esta cirurgia se torna, realmente, necessária.
As amígdalas ficam na parede lateral da faringe e podem ser alvo de infecções, principalmente em crianças. Já a hipertrofia das adenoides, que ficam na parte interna do nariz, pode causar problemas de audição e respiração bucal.
A cirurgia que retira os dois órgãos juntos pode ser indicada nos seguintes casos: amigdalites resistentes aos antibióticos; apneia do sono; respiração bucal sem melhora com tratamento; febre; abscesso e amigdalite caseosa – com mau hálito. Pode ser feita a partir dos dois anos, sempre com anestesia geral, e dura, normalmente, 30 minutos.
A geógrafa Aurora Liuzzi tem duas filhas gêmeas, Alice e Sofia. Quando estavam com dois anos, fizeram exames, e o pediatra indicou a cirurgia dupla. Ela optou por uma segunda opinião de um otorrinolaringologista que explicou que até os 12 anos a situação pode regredir. E ela optou por fazer tratamentos e observar. “Hoje as meninas estão com 11 anos, e tivemos o diagnóstico da regressão e não precisaremos operá-las”, comemora Aurora.
Já para a organizadora de eventos, Adriana Rodrigues, a situação foi outra. A filha dela, Natacha, quando tinha seis anos, sofria com apneia, pois as amígdalas eram hipertrofiadas, e por conta da adenoide, também dormia com a boca aberta. “Ela tinha muita dificuldade de respirar pelo nariz e optamos pela cirurgia”, explica Adriana. Doze anos depois, não se arrepende da decisão.
Como em todos os casos relacionados à saúde, é essencial consultar um especialista, no caso um otorrinolaringologista, para que, juntos, paciente, responsáveis e médico possam tomar a melhor decisão.